Esta sequência didática tem a finalidade de mostrar um pouco da história da cidade de Potim/SP, e da Festa de seu padroeiro.
Sequencia Didática
Senhor Bom Jesus de Potim
Professores:
Bertoni Antunes Proença e Luciana Helena Gonçalves T. Granado.
Disciplina:
História
Conteúdo
História sobre a capela e da Paróquia do Senhor Bom Jesus de Potim.
Objetivos
Conhecer a história da capela do Senhor Bom Jesus de Potim;
Reconhecer que a história da cidade de Potim está atrelada à capela do Senhor Bom Jesus;
Surgimento da paróquia do Senhor Bom Jesus de Potim.
Anos
4º ano do Ensino Fundamental.
Tempo estimado
Quatro aulas.
Desenvolvimento
1ª aula
Nessa etapa inicial, fazer uma sondagem para que possamos perceber o que os alunos sabem sobre o surgimento da capela do Senhor Bom Jesus e o porque da festa do Senhor Bom Jesus.
Quem sabe me dizer por que existe a festa do Senhor Bom Jesus de Potim?
Após os alunos responderem a questão. Solicitar que todos façam um desenho da Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus de Potim. Dizer que a praça é um ponto turístico de nossa cidade.
2ª aula
Leitura do texto “Uma capelinha à beira do Rio Paraíba”, fazer a leitura em dupla. Após a leitura responder as seguintes questões:
Na época da corrida do ouro em Minas Gerais, Guaratinguetá era caminho em que os mineiros usavam para ir de Minas Gerais até Paraty. E Potim, era bairro de Guaratinguetá. Quais eram os produtos agrícolas produzidos em Potim nesse período?
Nessa mesma época o que acontecia do outro lado do Rio Paraíba?
O senhor Miguel Corrêa dos Ouros, era dono de uma imagem do Senhor Bom Jesus, o que o senhor Miguel e sua esposa decidiram fazer?
Quem celebrou a primeira missa na capela do Senhor Bom Jesus ?
Quando foi celebrada a primeira missa na capela?
3ª aula
Leitura do texto: “A Paróquia do Senhor Bom Jesus”, dividir a classe em duplas e entregar a cada dupla o texto. Solicitar que leiam e respondam as perguntas abaixo:
A qual cidade pertencia a capela do Senhor Bom Jesus de Potim?
Quando foi criada a Paróquia do Senhor Bom Jesus de Potim?
Quem foi o primeiro pároco?
Quando foi realizada a primeira Festa do Senhor Bom Jesus sob o comando da paróquia de Potim? Quem construiu o Centro de Pastoral e em que ano?
4ª aula
Entregar aos alunos, cruzadinha e caça-palavras sobre a história da capela e da paróquia do Senhor Bom Jesus de Potim.
Anexo I
Uma capelinha à beira do Rio Paraíba
Corria o ano de 1771, e nas Minas Gerais o ouro já não era encontrado com tanta facilidade. Diversas vilas, resultantes da época em que o ouro brotava da terra e dos riachos, encontravam-se espalhadas pelos vales e montanhas das Minas Gerais. O rio Paraíba era o caminho natural para a descida de canoas, jangadas e batelões, de Guararema até o Porto de Guaypacaré, em Lorena, de onde seguiam por terra pelas trilhas indígenas que levavam à região das Minas Gerais. A Vila Nova de Santo Antônio de Guaratinguetá ficava na encruzilhada dos caminhos que levavam aventureiros a Minas e Parati e das vilas de Lorena e Taubaté. Na época Guaratinguetá já era um entreposto comercial. Seu território era imenso. No seu então bairro de Potim, eram produzidos açúcar e produtos de subsistência, tais como milho, mandioca, feijão, abóbora, entre outros. Do outro lado do rio Paraíba, no alto do morro dos Coqueiros, fazia pouco mais de 25 anos que o padre José Alves Vilella, vigário de Guaratinguetá, inaugurara um belo templo dedicado à imagenzinha de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, encontrada no rio Paraíba. Os três pescadores acharam a imagem no Porto Itaguaçu, bem em frente às terras da Fazenda São Geraldo, local que a população passou a chamar de Corte devido às obras feitas pelo governo estadual Adhemar de Barros para o plantio de arroz no início da década de 1950. Miguel Corrêa dos Ouros, um piedoso agricultor, dono das terras onde hoje é o centro de Potim, possuía em sua casa uma imagem do Senhor Bom Jesus, que tinha fama de milagrosa. Conversando com sua esposa, Isabel Pereira dos Ouros, decidiu construir uma capela dedicada àquela imagem. Pediram a devida licença ao bispo e doaram as terras necessárias para a constituição do patrimônio do santo, como era costume na época. O casal doou cem braças de terra em frente ao rio por seiscentos de fundo como patrimônio do santo. Essas terras foram recebidas em escritura pelo padre Antonio Ramos Barbas, em 22 de junho de 1771. No mesmo ano, o alferes Domingos Rodrigues Sanches também doou terras ao Senhor Bom Jesus das Canas do Ribeirão do Potim. O padre Matheus Lourenço de Carvalho, vigário capitular da Diocese de São Paulo na época, em 20 de setembro de 1771, despachou favoravelmente o pedido de erguimento da capela onde, em 16 de agosto de 1772, o então vigário de Guaratinguetá, padre Firmino Dias Xavier, celebrou a primeira missa. A capelinha, feita de pau-a-pique e taipa, foi inaugurada com rojões e festa. Assim, surgiu uma capelinha do outro lado do rio Paraíba, dedicada ao Bom Jesus, bem em frente à colina santa, onde se erguia a imponente capela dedicada à imagenzinha da Conceição Aparecida. O mesmo vigário, padre Firmino Dias Xavier, em 26 de maio de 1773, demarcou o adro da capela e benzeu o cemitério. A devoção ao Senhor
Bom Jesus, muito comum no Brasil do século XVIII, fez com que surgisse ao redor da capela um povoado de pescadores que veneravam, paralelamente, Nossa Senhora, Sua Mãe, em Aparecida, e seu filho Jesus, em Potim.
